domingo, 31 de janeiro de 2010

Gases estufa atingiram níveis recordes em 2007

A OMM calcula que o total de gases do efeito estufa na atmosfera aumentou 24,2% em comparação a 1990. Os gases que estariam causando o efeito estufa e as mudanças climáticas atingem níveis recordes na atmosfera. Praticamente às vésperas de mais uma rodada de negociações para a criação de um acordo sobre mudanças climáticas, um órgão das Nações Unidas alerta que todo o esforço internacional para reduzir as emissões de CO2 e de N2O até agora não surtiram efeitos. Segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), a concentração de dióxido de carbono e de N2O atingiu em 2007 níveis jamais registrados pelos cientistas. Enquanto isso, o gás metano ainda teve seu maior incremento em uma década. O CO2 e o N2O estão crescendo continuamente e não há sinais de que essa tendência esteja perdendo ritmo. Há comprovações suficientes de que são os gases emitidos que estão colaborando para acelerar as mudanças climáticas em todo o mundo, gerando maiores secas em algumas regiões e inundações em outras. Os alertas da ONU indicam ainda uma elevação dos níveis dos mares e ameaça pelo menos 200 milhões de pessoas que vivem em zonas costeiras. Segundo os dados revelados ontem em Genebra, a concentração de CO2 na atmosfera aumentou em 0,5% entre 2006 e 2007, atingindo o recorde de 383,1 partes por milhão. Desde o século 18, a concentração de CO2 na atmosfera aumentou em 37%. O que assusta os cientistas é que, desde 1990, esse aumentou foi de 24%. A concentração de N20 aumentou em 0,25%. Sobre o gás metano, a ONU alerta que seria cedo demais para concluir que o aumento recorde de 2007 seja uma tendência que será observada no futuro. O gás é gerado por atividades humanas como combustão de energia fóssil e na agricultura. O tema será alvo das negociações que começam na próxima semana na Polônia. O Protocolo de Kyoto esperava impedir um crescimento das emissões. Mas está fracassando. O Estado revelou há um mês com exclusividade que os níveis de crescimento de emissões estavam batendo todos os recordes nos últimos anos, mesmo diante de medidas de controle. Nas negociações diplomáticas, a insistência dos governos será a de que países emergentes como a China, Índia e Brasil aceitem cortes profundos em suas emissões nas próximas duas décadas. Os países emergentes alegam que não seria justo a imposição de amplas limitações, já que afetariam sua capacidade de crescer. Além disso, estariam pagando por uma poluição que foram os países ricos que geraram nos últimos 30 anos. Mas para a chanceler alemã, Angela Merkel, sem a limitação das emissões dos países emergentes, os níveis de concentração de CO2 na atmosfera continuarão aumentando e nenhuma ação dos países ricos será suficiente para conter essa elevação. Outra esperança é de que o governo americano, com o presidente eleito Barack Obama, apresente uma posição mais favorável a lutar contra as mudanças climáticas e as emissões de CO2. O governo de George W. Bush não aceitou Kyoto.

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