quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Braskem segue outras empresas emergentes e ganha força no jogo global

Tendência nos últimos anos é operação integrada entre a exploração de petróleo e a produção de resinas. Com a união entre Braskem e Quattor, o Brasil fará parte de um cenário internacional de empresas emergentes de primeiro time. A análise é de Otávio Carvalho, sócio da Maxiquim, uma das principais consultorias do setor petroquímico. Ele explica que "uma das tendências do setor nos últimos anos é a atuação de empresas de exploração de petróleo também na atividade petroquímica, numa operação integrada". É o que vai acontecer a partir de agora, já que, com a incorporação da Quattor, a Petrobrás passa a dividir o controle da empresa com a Odebrecht. Segundo Carvalho, atualmente algumas das maiores petroquímicas do mundo têm este tipo de operação. É o caso da Sinopec, da China, da Sabic, da Arábia Saudita, e da Reliance, da Índia. "Para quem tem uma operação integrada como essa, a matéria-prima, o petróleo, fica mais barato", explica o analista. "Com isso, o que se vê é uma consistente mudança no eixo global de produção petroquímica. "Mais fortes, essas companhias emergentes não só crescem em seus mercados (no caso da Arábia Saudita o consumo é bem aquém da produção, o que gera excedentes), como começam a se movimentar em direção a países onde há grupos mais tradicionais, como nos Estados Unidos e na Europa. A Reliance, por exemplo, estuda se expandir para o mercado americano, debilitado desde o começo da crise econômica global. A Braskem também vem falando nos últimos tempos da possibilidade de aquisições nos EUA, o que deve ser reforçado agora. O caso mais conhecido é o da holandesa Lyondel Basell, com expressiva operação nos Estados Unidos. A empresa enfrentou um período bem difícil e agora está saindo da concordata. Nesse meio tempo, deixou espaço para concorrentes como a Reliance buscarem oportunidades. A Sabic já está no país com uma planta no Texas. Em contrapartida, as empresas tradicionais desse setor têm se estruturado para serem não mais produtoras de commodities petroquímicas, mas dedicadas às especialidades. É o exemplo da Dow Chemical. Maiores produtores de resina do mundo em milhões de toneladas por ano Lyondel Basell (Holanda) – 10,91 Exxon Mobil (EUA) – 9,3 Sinopec (China) – 8,6 Dow (EUA) – 7,7 Formosa (Taiwan) – 7,2 Sabic (Arábia Saudita) – 7,1 Ineos (Reino Unido) – 6,5Braskem (Brasil) – 5,5

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