segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Países aderem ao acordo do clima

Prazo para se associar ao documento feito em Copenhague termina em janeiro de 2010; metas não são obrigatórias. Nações ricas como Estados Unidos, União Europeia, Noruega e Japão e países em desenvolvimento como China, Brasil e Índia pretendem se associar ao Acordo de Copenhague, elaborado durante a Conferência do Clima das Nações Unidas que ocorreu em dezembro, na Dinamarca. O prazo oficial para os países informarem se querem integrar o acordo e quais ações tomarão para evitar o aumento desastroso da temperatura mundial se encerra amanhã. Mas a Convenção do Clima da ONU (UNFCCC) já disse que aceitará adesões fora do prazo. De acordo com o Itamaraty, o Brasil "pretende enviar seus compromissos" voluntários no prazo - um deles é a meta de cortar as emissões de gases de efeito estufa até 2020 entre 36% e 39%, comparado ao que seria caso nada fosse feito. Já os Estados Unidos se propõem a reduzir 17% das emissões até 2020, em relação ao nível de 2005, e a União Europeia tem meta de cortar 20% das emissões, em relação ao nível de 1990. Os números, com exceção do apresentado pela Noruega, ficam abaixo do considerado ideal pela ciência - uma redução de 40% das emissões em relação a 1990. O documento elaborado na Dinamarca é apenas uma declaração de intenções. Para a UNFCCC, o Acordo de Copenhague não é mais forte que o Protocolo de Kyoto, pois seu cumprimento não é obrigatório. Porém, ele pode ser mais abrangente, pois tem a adesão dos Estados Unidos (que não ratificaram Kyoto) e terá também, possivelmente, a dos principais emissores dos países em desenvolvimento. "O acordo pode proporcionar uma valiosa orientação sobre o aumento da temperatura global máxima e o que é necessário em termos de financiamento, a curto e a longo prazo", diz um alto funcionário da UNFCCC. A chave está, segundo ele, "em que medida o acordo será universalmente aceito para guiar" as negociações neste ano. Se houver uma adesão em massa, acredita ele, "poderemos chegar a um resultado significativo no México". Se isso não ocorrer, porém, ficará "difícil ver como vamos chegar a algum lugar no futuro previsível". Ontem, o presidente americano Barack Obama apresentou uma meta específica para o governo federal e suas agências de reduzir em 28% as emissões até 2020. O governo é um dos maiores consumidores de energia.

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